"A coisa mais antiga de que me lembro é uma tarde de Primavera em que eu talvez ainda não tivesse nascido, pelo menos não me lembro de estar ali - só me lembro da claridade difusa daquele quarto em que a Primavera entrava. Uma calma infinita poisava sobre as coisas - como se fosse o princípio do mundo e tudo estivesse ainda intocado" (1)
É sem dúvida um dos acontecimentos do ano. O espólio de Sophia será doado depois de amanhã numa cerimónia pública pela família, sendo ao mesmo tempo inaugurada a mais completa exposição já feita sobre a autora de Coral, Dual, No Tempo Dividido, O Livro Sexto ou as Histórias da Terra e do Mar entre tantas outras.
A exposição estará disponível na Biblioteca Nacional, até ao fim do mês de Abril e nela será possível descobrir manuscritos, cadernos, textos, imagens, os espaços da imaginação onde deu forma a essa construção que Sophia fez da vida e da poesia, algo que ela própria definiu como "coisa sagrada". É um olhar privilegiado a essa escrita que nos deu "a arte como espaço de atenção". (1)
Ainda nesta semana, um colóquio internacional irá reflectir sobre as temáticas que envolvem a obra de Sophia. Para conhecer os detalhes, aceder aqui.
(1) Cadernos de Sophia, Exposição da Biblioteca Nacional, (http//www.bnportugal.pt)
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