sábado, 19 de junho de 2010

Na Luz dos Jacarandás

Junho chegou ao fim, magoada
Luz dos jacarandás, que me pousava
Nos ombros, era agora o que tinha
Para repartir contigo

Um coração desmantelado

Que só aos gatos servirá de abrigo


(1) Eugénio de Andrade, «Despedida», in Antologia Poética
Imagem - Os Jacarandás, na Boavista

Aniversário do Gato Garfield

Faz hoje, justamente trinta e dois anos anos que Jim Davies nos trouxe num discursos narrativo simples, mas bem humorado um gato que se tornou célebre, Garfield.

Dois Poemas

«Não me peçam razões, que as não tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força da maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não o aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe;
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor da Primavera que há-de vir.» (1)

«(...) Levantamos um punhado de terra e apertemo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno,
a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.

Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raíz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.» (2)

(1) José Saramago, «Não me peçam razões» ,in Os Poemas Possíveis
(2) José Saramago, Na ilha por vezes habitada, in Provavelmente Alegria

A maior Flor do Mundo - José Saramago

Actividades de Leitura (BE - EB1 dos Leões)




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