domingo, 21 de março de 2010

A luminosidade de um tempo mágico

(Chama-se Joanna Newsom e pareceu-nos o mais próximo para cantar a descoberta e a magia da Primavera. Da sua luz e brilho, a magia na voz de uma artista que como disse o Público é de uma jovem de um outro Planeta, de um outro mundo.

Das Montanhas Rochosas, na América natural, o som dos pássaros e dos ribeiros onde se escuta a respiração do cosmos, a nossa fantasia e onde entre emoção e beleza se descobre aquilo que a tecnologia certamente não será capaz de transmitir, a individualidade espiritual das culturas.

Joanna cresceu. Continuamos sem resolver essa grande dificuldade, da voragem do tempo. Milk Eyed Mender é a obra-prima desse começo, dessa proximidade com a Natureza que nos adivinha uma aventura de encanto. A ouvir. De preferência a olhar para as estrelas.)

No Dia Mundial da Poesia (Profª Ana Cª Oliveira)



José Carlos Ary dos Santos

Poeta à solta,
fuga, certeza,
palavra, grito


escrita à pressa
sobre a mesa.

Poeta fado,
estrela da tarde,
amante em dor
dum coração
que ainda arde.

Poeta só,
caudal de esperança,
revolta, fúria,
bandeira acesa
da mudança.

Dia Mundial da Poesia

Poeta

O poeta é igual ao jardim das estátuas
Ao perfume do Verão que se perde no vento
Veio sem que os outros nunca o vissem
E as suas palavras devoraram o tempo (1)

Hoje, 21 de Março celebra-se o Dia Mundial da Poesia. A poesia é, como o pensava Sophia a celebração do mundo em si, a descoberta e compreensão da beleza das coisas reveladas. Joan Margrit chamou-lhe «a última casa da Misericórdia». Uma forma sublime de recanto, de refúgio onde podemos reordenar o que sentimos e dar consistência humana à desordem que tantas vezes nos rodeia. A poesia permite-nos olhar para o mundo, para o real, o ausente dos dias com as palavras dos outros, mas com as nossas referências de alegria, trsiteza ou entusiasmo. Afinal recolher nas horas quem saiba connosco «enfrentar a imagem límpida do mar». (2)

Sophia, «O Poeta», «Prece», in No tempo Dividido