(Na memória de Monsieur Hulot, a figura que Tati conseguiu criar num discurso narrativo a relembrar o cinema de Chaplin. Aqui numa cena de O Meu Tio, onde toda a estética moderna, da década de cinquenta já prefigura a nostalgia dos objectos usados, da tecnologia dominadora, das relações humanas ao encontro de uma simplicidade que se perdeu. Rodado em 1958, é já uma ideia para o sonho perdido que representará as décadas seguintes, onde hoje o conformismo e a tecnologia parece incapaz de restaurar uma ideia de progresso continuado.)
Jacques Tati, Mon Oncle, 1958, in http://www.publico.pt (20.04.2007)