Aqueles dias tecidos que tinham um ar de fantasia quando vieram brincar dentro de mim (Sophia)
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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(Foi o último texto que a Profª Ana Cristina deixou decorrente da colaboração com a Biblioteca. Ainda o não tinha publicado. Aqui fica em sua memória).
Para ti não encontro palavras
pois eram tuas todas as que
conheço.
Por isso devolvo-tas
já que por nascerem de ti
são mais do que as que
mereço.
Se Eu Morrer de Manhã
«Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho.
Não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a morte é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.
Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
- o único que sei.
Talvez um pássaro me estenda a asa.
que não saber voar
foi sempre a minha lei.
Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho
e do mistério nada te direi.
Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei»
Rosa Lobato Faria, Os Deuses de Pedra
Imagem, Claude Monet, Jardim,
in, Ingo Walther, Impressionismo
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