A Biblioteca decidiu construir um site para alojar alguns dos documentos / actividades / ideias que foram sendo construídos. Ainda não está pronto e só o ficará para o fim do mês de Julho. Está já online e manterá esta estrutura que já foi feita. O seu endereço (http://www.wix.com/eb1leo/be) é já definitivo. Fica como memória da actividade dinamizada e organizada pela BE. Ao longo do mês podem ir dando uma visita de olhos.
Aqueles dias tecidos que tinham um ar de fantasia quando vieram brincar dentro de mim (Sophia)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Numa Escola do 1º Ciclo
Fernanda Pessoa disse-o com clareza, "as crianças são o melhor do mundo", mas nem sempre nos lembramos com a devida intensidade da clareza do olhar, do espanto pela fantasia como se olha as possibilidades de cada caminho.
A infância é um país distante, onde ainda se respira cada dia com a emoção da descoberta e onde o tempo e a sua voracidade ainda não se fazem sentir. E quando chegamos a adultos, tentamos recuperar instantes desses tempos mágicos, mas não é fácil chegar à compreensão do que se passa na cabeça das crianças, na sua psicologia.
A infância é um espaço de crescimento, uma viagem única. E é por aqui que passa o encanto dos alunos do 1º Ciclo. Com eles as actividades de aprendizagem fazem da escola um espaço de afectividade de muito maior alcance que noutros níveis. Diferença que também notamos pelo entusiasmo pela leitura, por aquelas frases “conta-me uma história”, ou “esse livro é muito infantil” e pela procura do espaço do livro e naturalmente da Biblioteca.
Aprendi nestes dois anos muito sobre o que é aprender em idades tão jovens, sobre a forma generosa como respondem a qualquer desafio, sem hesitações. São um público exigente, mas igualmente fiel ao que lhe é proposto. Aprendi na prática o que Sophia dizia sobre elas “a tenra idade não significa infantilidade nas ideias.” Aprendi com mais realismo o que se percebe com dificuldade nos conselhos pedagógicos sobre as dificuldades vividas no 1º Ciclo pelos professores e as infinitas incapacidades da organização de recursos que em determinadas autarquias são uma clara ineficiência na gestão das possibilidades de trabalho que se procuram desenvolver.
E aprende-se que tantos governos, tanta “coragem” para mudar a educação, mas o que realmente nos faz falta é gerir com simplicidade. É uma pena que se insista numa ideia mental burocrática, pois ela nada responde ao valor e à energia dos que querem aprender sobre o mundo que receberam, mas ao qual pretendem acrescentar um caminho de realização pessoal. Essa é a única meta que devia interessar às escolas.
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