sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os Direitos Humanos, aqui, neste País...

Os Direitos Humanos dizem respeito à dignificação da pessoa e, mesmo nas sociedades ditas democráticas eles são obstruídos por práticas quotidianas inexplicáveis e impensáveis numa sociedade realmente decente. Cada vez mais largas faixas da população, mulheres, crianças e velhos vivem em condições difíceis. É este um País feito para todos?  Abaixo um texto para ler e meditar.






A outra"face oculta"


"Coutada do macho latino" segundo a jurisprudência do STJ, este país não é para velhos. Nem para mulheres; nem para crianças. Mulheres já são 27 as assassinadas este ano pelos machos latinos seus companheiros; o abuso de crianças deixou de ser o escândalo que foi quando surgiram as primeiras notícias da Casa Pia e, de rotineiro, passou progressivamente das primeiras páginas para as interiores; e os velhos vivem e morrem por aí, resignados e em silêncio, enquanto o país discute negócios de milhões, robalos e trocas de telemóveis e a deputada do PSD Maria José Nogueira Pinto considera os míseros 80 euros do Complemento Solidário para Idosos "um ultraje e um insulto porque eles, diabéticos, vão beber cerveja e comer doces". Só no último ano, a Linha do Idoso da Provedoria de Justiça recebeu telefonemas de 3 348 velhos queixando-se de maus-tratos e falta de condições mínimas de vida e a Linha Recados da Criança de 883 crianças denunciando igualmente maus-tratos. E os que não telefonam ou nem sequer sabem que existe uma Provedoria de Justiça? A verdadeira e mais sórdida "face oculta" do país é esta.

Manuel António Pina, in JN on-line

Os Direitos Humanos no início do século XXI

   «(...) é necessário, antes de mais, ter uma grande humildade. Para penetrar no coração do oceano». (1)





   Há mais de dois séculos que o homem, como sentido de uma formação e inspiração cultural tenta fazer cumprir esse princípio simples que a Declaração Universal dos Direitos do Homem, inclui no seu artigo primeiro, a saber, «Todos os seres humanos nascem livres em dignidade e direitos». No entanto, hoje, no início de um novo século, sessenta e um anos após a Declaração adoptada pela O.N.U., em dez de Dezembro de 1948, continuamos desastradamente num mundo profundamente desigual e injusto para milhões de seres humanos.
  Os direitos humanos negados em tantas zonas do Planeta são tão básicos como a falta de acesso a água potável, a pobreza extrema, a ausência de cuidados médicos básicos. Infelizmente neste quadro quantas crianças, não têm acesso à alfabetização, por ausência de uma escola. Em quantos locais é possível aceder a redes de comunicação, ou tão só manifestar a sua opinião. Pior. Quantos países não praticam a prisão e a tortura, apenas por qustões tão banais como a cor da pele, a religião, a tribo, a cultura? 
  É contra esta absurda tirania da humanidade, contra o sentido global do homem, contra esta ausência de consciência que importa lembrar os Direitos Humanos e apoiar os que no mundo contemporâneo lutam por essa dignidade perdida. E os exemplos são muitos, felizmente.
  Aung Suu Kyi, que na Birmânia procura lutar livremente pela afirmação do princípio da liberdade de opinião, capaz de dar ao povo birmanês um regime que respeita a sua própria cultura. Vítima da prisão, a Prémio Nobel de 1990 tem lutado com imensa determinação pela liberdade de pensamento na Birmânia., 
 Aminaitu Haidar, prémio Sakharov, encontra-se detida há quase um mês no parque de estacionamento de um aeroporto de um país europeu em greve de fome, impedida de voltar ao seu País e de estar com os seus filhos. O Sahara ocidental, ocupado por Marrocos continua na base deste problema de afirmação de uma comunidade. 
  São dois exemplos que devemos admirar e apoiar pela tenacidade de lutar por essa dignidade que é inseparável da humanidade. Os grandes países afirmam-se grandes ou mesquinhos pela forma como lidam com os Direitos Humanos. 
 Tucídedes, historiador grego, escreveu há muitos séculos que «a felicidade humana está dependente da liberdade e esta da coragem». Individualmente e colectivamente é importante denunciar e combater esta falta de respeito pelo património cultural da Humanidade, assim como apoiar as instituições que o promovem.





(1) Gandhi, in The Life and Thoughts of Mahatma Gandhi 
Imagens, in amnesty.org


Ida ao Teatro - David Pedro (4ºA)



O Rei Príncipe

Ontem a nossa turma saiu da escola e foi à igreja seminário.
Na Igreja seminário, uma senhora que se chama Mónica falou dos padres que lá vivem e mostrou-nos alguns sítios da igreja. Depois fomos ver a peça de teatro «O Rei Príncipe».
O que mais gostei no teatro foi a música e o Mostrengo.
Quando terminou o teatro fomos para a escola e lanchámos antes de regressarmos às aulas.