domingo, 15 de novembro de 2009

Sobre o Sonho de Um Jovem



«(...) Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens» (1)


   Um jovem de trinta e dois anos colocou fim à vida. Aqui o nome não é importante. 
  O facto imensamente triste permite-nos pensar um pouco sobre a angústia com que muitos seres humanos se defrontam na sua vida. Faz-nos meditar sobre a sociedade em que vivemos, os seus valores em que a humanidade está demasiadas vezes afastada dos que a governam e da convivência que se estabelece.
  A sociedade contemporânea evoluiu para uma forma de organização em que todos os indivíduos têm de estar sujeitos a um padrão. Padrão estabelecido superiormente por uma tecnocracia que constrói um Estado onde o cidadão deve ser um seu instrumento. Sociedade onde os valores espirutais se perderam em nome de um progresso onde a dúvida e a fragilidade de alguns não podem ser aceites.
  O valor da personalidade individual é ofuscada pelo padrão avaliativo, considerando as pessoas como simples máquinas. O cidadão pode hoje ser um instrumento de estruturas económicas, não uma pessoa capaz de com a sua personaliade contribuir para o desenvolvimento da sociedade. 
  É esta a angústia que leva alguns a perder o brilho numa sociedade sem alma, onde «os rios de frescura e os claros horizontes de pureza» (2) se perdem num rio vazio de sentido. A Robert Enke. 





(1) Sophia, in Coral, Caminho

Bienal de Ilustração de Bratislava


   A Bienal Internacional de Ilustração de Bratislava que terminou no passado vinte e seis de Outubro premiou alguns autores que  nos  últimos anos apresentaram álbuns dirigidos às crianças. Desde o Outono de 1967 que este evento tem lugar, como  forma de dar a conhecer os trabalhos que se realizam na área da ilustração de livros infantis.
  Este evento é patrocinado pela UNESCO, em colaboração com o IBBY (International Board on Books for Young People). 
  Na edição deste ano foi premiado com o Grande Prémio, Josep Antoni Tàssies Penella, com a obra "El niño perdido". 
   Para conhecer os restantes autores premiados basta aceder aqui.

«Luz de Papel»





 Yu Jordy Fu recria os tons da luz utilizando o papel e as suas diversas formas em várias dimensões. Com elas procura recriar os espaços em que convivemos. É uma nova forma de utilizar a luz e o candeeiro como um objecto que  permita ensaiar a imaginação em novos horizontes. 
 A criação de novos espaços num mundo em que se transformaram os modos de vida é uma proposta que alia o design e a arquitectura de modo a propor formas mais harmoniosas no quotidiano dos nossos dias. É notória a influência da arte chinesa no corte de papel e na utilização das suas sombras. 
 Um projecto imaginativo para a decoração das casas, mas também para ilustrar as diferentes facetas do quotidiano.
  Para conhecer melhor os trabalhos de Yu Jordy Fu, basta aceder aqui.