quinta-feira, 8 de abril de 2010

Picasso visto pelo traço dos alunos (4ºA)

(Madalena)

(Eduardo)

(Maria Esteves)

Simplesmente Brel...

Voir un Ami Pleurer

«Com certeza existem as guerras da Irlanda
e também povos sem música...
Com certeza, com toda esta falta de carinho (...)
Com certeza andamos sobre as flores...
Mas ver um amigo chorar! (...)

Com certeza as cidades se esgotaram
para estas crianças de cinquenta anos
Nossa incapacidade de ajudar (...)
Claro que o tempo passa muito depressa
estes subterrâneos cheios de afogados
É a verdade que nos evita...
Porém ver um amigo a chorar! (...)

E todos estes homens são nossos irmãos
Com certeza estamos assombrados
pelo amor que nos dilacera...
Mas ver um amigo chorar!»

(No Nascimento de Brel, oitenta e um anos depois, a voz de uma palavra intensa e inesquecível)


Imagem, in http://www.lastfm.pt

Na Memória de Picasso

O século XX, os seus acontecimentos e formas marcaram com extrema violência a vida de milhões de pessoas. A História do século XX não pode ser compreendida sem a Arte, e as formas que ela assumiu. O século passado inaugurou de forma massiva a comunicação como meio de exprimir uma ideia. A pintura deixou de depender da noção clássica dos renascentistas da noção de perspectiva, assim como deixou de representar uma figura ou um quadro natural.
O quadro tornou-se a própria realidade, o meio de criar uma mensagem.

Neste sentido a arte em geral e a pintura em concreto poderia dar a conhecer uma ideia de realidade, uma proposta de sociedade, indicando uma visão do mundo. A perspectiva aparecia como um ponto de observação, dando-nos uma ideia, um quadro, uma descrição do real. Ora, a História do Século XX, pelas suas contradições e angústias mereciam que a perspectiva fosse fragmantada, dividida em secções, como a própria realidade.

A arte e apintura deveriam não dar representações idílicas da natureza, mas mostrar, revelar a natureza humana nos seus aspectos mais visíveis. O feio, a violência, a realidade sofrida por cidadãos em tão variados locais por onde a Guerra fez as suas vítimas. A vida moderna deveria ser expressa na sua angústia, limitações e estado de caos. A arte deveria apresentar o mundo, já distante nas formas sociais e culturais do século anterior. A este movimento iniciado em 1908 por Georges Braque e Picasso deu-se o nome de cubismo.

Foi com Picasso que a ideia da fragmentação da imagem foi levada mais longe. O nome de cubismo vem-lhe da utilização de pirâmides, cubos, cones que utilizava na diferente perspectiva dos objectos. A utilização de máscaras africanas e a utilização das suas cores vivas fez dele um artista muito importante na Arte Europeia e Mundial. Não é excessivo dizer que Picasso é um dos marcos da Arte Ocidental.

Faz hoje justamente trinta e oito anos que desaparecia fisicamente um dos criadores do cubismo e que deu à arte e à pintura uma ideia nova e transformadora da representação da realidade e da vida. O Museu Picasso em Barcelona disponibiliza um conjunto de recursos on-line interessantes. Aqui.
Imagens, Menina diante do espelho, (1932)/Vladymyr Lukash
in http://algumapoesia.com
http://bibliocolors.blogspot.com