quinta-feira, 1 de abril de 2010

Da Poesia - Profª Ana Oliveira

António Gedeão

É é igual a éme cê quadrado,
corpo em inércia, não está parado.

É massa vezes velocidade,
pois nada existe em repouso
nem esta imensa saudade.

Energia em combustão,
matematizada ao limite,
maçã gravitacional,
caída do espaço a pique.
Palavra vectorial
que acerta tangente ao arco,
poesia universal,
ancoradouro sem barco.
Viagem vertiginosa,
sem meio, princípio ou fim.
Mudança de estado perigosa
que se apodera de mim.
Poesia prependicular,
à recta que um Deus traçou,
explosão primordial
que em palavras rebentou.

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