domingo, 14 de março de 2010

Albert Einstein - Uma Biografia


«Sou como um castelo encantado, onde penetram todos os ventos que passam. Por vezes, sigo o mesmo percurso de pensamento cem vezes por dia. Volto atrás, altero um pormenor, recomeço... É um rascunho que nunca acaba. O mundo é o nosso rascunho.» (1)

Há justamente cento e trinta e um anos nasceu um cientista, um pensador que tentou admirar e compreender o universo, os seus fundamentos usando as nossas humanas capacidades. Com a imaginação, a dúvida e o rigor da linguagem matemática deu-nos uma nova visão do universo. A revista Time considerou-o o homem mais importante do século XX. Justamente, Albert Einstein.

Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha a catorze de Março de 1879. Filho de uma família judaica de classe média, o pai era comerciante, fundando com o seu irmão em 1880, em Munique, uma empresa de material eléctrico, a J. Einstein&amp Cie que alcançaria um relativo sucesso nos primeiros anos de difusão da industrialização na zona de Munique. A família sendo judaica não deu ao jovem Einstein uma educação religiosa, na medida em que não seguia os procedimentos rituais dessa cultura. A partir de 1885 Einstein inicia a sua formação numa escola pública de Munique. Aos dez anos a influência de Max Talmud inscreve-o no mundo dos livros, dando-lhe a conhecer Euclides e Kant. O modo racional de obervar o mundo começa a desenhar-se no jovem de Ulm.

A partir de 1895 Einstein parte para Itália, entrando no ano seguinte no Instituto Politécnico de Zurique. Começa a testar as suas ideia em laboratório, dedica-se ao estudo e falta às aulas, o que lhe criará mais tarde algumas inimizades no mundo académico. Irreverente e imaginativo, abdica em 1896 da cidadania alemã, obtendo em 1901 a nacionalidade suiça, que sempre considerou a sua em todas as viagens que fez.

A partir de 1905 Einstein fará parte já da memória científica da humanidade com os seus diferentes estudos que darão uma luz nova aos estudos da física. Do campo fotoeléctrico, à confirmação do movimento dos átomos, ao estudo dos corpos em movimento até à construção da sua famosa equação E = mc2 o contributo de Eisntein para a compreensão do Universo foi imensa.

Na década de vinte inicia-se como professor das Universidades de Praga, Berlim e na Academia Prussiana das Ciências, recebendo em 1921 o Prémio Nobel da Física. A sociedade alemã dos anos vinte vivia no rescaldo do desastre da 1ª Grande Guerra e das condições do tratado de Versalhes. A partir dos anos trinta todo o quadro cultural, social e económico se deterioraria com a ascensão do Nazismo. As fogueiras, a destruição dos locais de cultura, as perseguições dariam o tom negro da falta de racionalidade que em tantos tempos destruiu a humanidade. Einstein compreendeu que tal como o universo, também a estupidez humana é por vezes infinita.

Einstein abandonou a Alemanha em 1940 e tornar-se-ia cidadão americano. Aqui tentou desenvolver as suas ideias relativas aos campos gravitacional e eletromagnético, de modo a criar uma teoria que explicasse como elas se poderiam unir num único campo. A fusão nuclear, aplicada em Hiroshima, momento trágico da memória humana, não foram concebidos por Eisntein, embora os seus estudos sobre a matéria tenham ajudado a essa fatal experimentação. A sua carta a Roosevelt mostra-nos como era sobretudo um pacifista e um homem admirado, seduzido pelo universo e pela vida.

(1) Jean-Claude Carrière, Entrevista a Einstein

Sem comentários:

Enviar um comentário