«Aquele que possui em si a plenitude da virtude é como uma criança acabada de nascer» (1)
Mozart, Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de Janeiro de 1756 em Salzburgo. Filho de um compositor, revelou desde cedo, nas cortes europeias o carácter único do seu génio. De Salzburgo às cidades italianas, a Paris, a Manmheim (Munique) e a Viena espalha o seu imenso talento, dando concertos, ensinando música e publicando as suas obras (concertos, cancões, óperas).
Mozart ensaiou levar a sua música, o seu génio, palavra banal para o descrever, dispensando o apoio e o patrocínio das figuras sociais mais importantes. Julgou possível encantar o público apenas com o seu talento. Tentou afirmar o papel do músico como um homem livre do poder real, apresentando-se com dignidade de carácter na sua nobre arte. E pagou por isso um preço elevado. No século XVIII um músico tinha tanta dignidade como o cozinheiro da corte e a mediocridade de tantos que a habitavam trouxeram-lhe dificuldades.
Mozart viveu dificuldades financeiras, enfrentou problemas de saúde, morrreu com apenas trinta e cinco anos. Falar dele é quase uma inutilidade, na medida em que as palavras jamais transpirarão o sentimento, o encanto, a simplicidade das suas notas musicais. Einstein comparava-o como uma revelação do universo, uma luz inexplicável. Ele foi-o, mas também uma figura que procurou com as suas criações revelar como o homem podia construir o seu caminho na aventura de conhecer o mundo e de nele intervir.
Sendo hoje uma banalidade, não o era no século XVIII. Que valores morais pode o homem trilhar? Apenas os indicados pela religião, ou também os da sua consciência? Esta procura deve ser encaminhada pelo Estado ou é uma procura individual a que todos devem ser tolerantes? Don Giovanni, é uma das suas obras que levanta estas questões. Apesar de eliminado no final, já se pressentem os conflitos que na era industrial se colocarão ao Homem. Também por esta dimensão não é difícil concluir com Zhu Xiao - Mei que Mozart foi «uma criança que teve a profundidade de um velho sábio».
Apenas um excerto da sua universalidade (Sonata K332 tocada por Maria João Pires). Aqui.
Mozart ensaiou levar a sua música, o seu génio, palavra banal para o descrever, dispensando o apoio e o patrocínio das figuras sociais mais importantes. Julgou possível encantar o público apenas com o seu talento. Tentou afirmar o papel do músico como um homem livre do poder real, apresentando-se com dignidade de carácter na sua nobre arte. E pagou por isso um preço elevado. No século XVIII um músico tinha tanta dignidade como o cozinheiro da corte e a mediocridade de tantos que a habitavam trouxeram-lhe dificuldades.
Mozart viveu dificuldades financeiras, enfrentou problemas de saúde, morrreu com apenas trinta e cinco anos. Falar dele é quase uma inutilidade, na medida em que as palavras jamais transpirarão o sentimento, o encanto, a simplicidade das suas notas musicais. Einstein comparava-o como uma revelação do universo, uma luz inexplicável. Ele foi-o, mas também uma figura que procurou com as suas criações revelar como o homem podia construir o seu caminho na aventura de conhecer o mundo e de nele intervir.
Sendo hoje uma banalidade, não o era no século XVIII. Que valores morais pode o homem trilhar? Apenas os indicados pela religião, ou também os da sua consciência? Esta procura deve ser encaminhada pelo Estado ou é uma procura individual a que todos devem ser tolerantes? Don Giovanni, é uma das suas obras que levanta estas questões. Apesar de eliminado no final, já se pressentem os conflitos que na era industrial se colocarão ao Homem. Também por esta dimensão não é difícil concluir com Zhu Xiao - Mei que Mozart foi «uma criança que teve a profundidade de um velho sábio».
Apenas um excerto da sua universalidade (Sonata K332 tocada por Maria João Pires). Aqui.
(1) Zhu Xiao-Mei, O Rio e o seu Segredo
Imagen, in classicalmucic.about.com
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