quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eric Rohmer


  Eric Rohmer foi um cineasta que ontem deixou de pertencer ao mundo em que procurou analisar os aspectos mais contraditórios da natureza humana. Fez parte do núcleo mais importante do cinema francês que na 2ª metade do século XX formou a chamada Nouvelle Vague e de que faziam parte nomes tão importantes, como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Claude Chabrol, entre outros.
  O cinema de Rohmer procura apresentar uma narrativa, sem efeitos especiais, onde a palavra assume uma especial importância. Palavras onde se expressam as escolhas e as indecisões das personagens eram os seus principais ingredientes. O cinema como espelho da vida, onde as noções morais influenciam as escolhas e o sentido de encontro, da felicidade. Na Nuit Chez Maud, The Green Day ou L'Ami de Mon Amie são alguns dos seus trabalhos.
  Certamente que não foi o cinema mais fantástico nas audiências e na espectacularidade da acção, sobretudo em tempos de grande dislumbre tecnológico, mas teve o mérito de criar admiradores por esta interrogação contínua que é a vida. Constitui-se uma reserva cultural da cinematografia europeia, quando a sétima arte é há muito inundada pelos produtos vindos do outro lado do Atlântico. 
  Compreender o homem numa dimensão acima da biologia, da psicologia, tentando criar um lugar afectivo, capaz de recriar a realidade quotidiana, foi a temática de uma obra cinematográfica que vale a pena conhecer e evocar pela sua memória.
  

Sem comentários:

Enviar um comentário