quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tanto Silêncio!

(...)Logo que a vida não me canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo. (...)


Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?


E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?


Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.


In Ricardo Reis, «Prefiro Rosas», Obras de Fernando Pessoa


   Tantas chancelarias, tantos tratados, infinita importância de uma Europa que às suas portas não consegue fazer reunir a mãe  e os seus filhos. Afinal, que Humanidade temos? 



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