Ontem, sábado, doze de Dezembro o Veto, grupo amador de teatro de Santarém desfilou as suas memórias de quarenta anos a projectar emoções e a representar para tantas audiências aqueles que foram os marcos da sua história.
O Veto, fundado em Outubro 1969 por um conjunto de apaixonados pela arte de representar e transfiguar o quotidiano, tem nestes quarenta anos dedicado-se à representação de peças para crianças, mas também à declamação de peças do teatro experimental. Bertold Bretch, Raúl Brandão nos anos setenta ou mais recentemente aqueles que foram marcas de uma cidadania, O Baile, Guilherme Tell tem os olhos tristes, Branco, Vermelho e Preto ou Macbeth Talvez.
Os actores e actizes que têm dado corpo ao Projecto contaram as suas histórias e numa noite agradável desfiou-se um pouco desta memória, que nem sempre tem o reconhecimento e o apoio que merecia e que é necessário.
Necessário para a continuação da implementação de novos projectos, mas também para assegurar essa descoberta das outras moradas pessoais que moram em cada um de nós, como representações do homem perante o universo. É indispensável dar mais visibilidade a este tipo de iniciativas de modo a que se perceba uma maior participação das pessoas, da cidade, pois a cultura é condição essencial para um esclarecimento pessoal e uma participação cívica.
O teatro é nesse sentido uma resposta e uma oportunidade de serviço à comunidade e de desenvolvimento social.
Imagem, in vetoteatroficina.blogspot.com
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