Um Homem na Cidade
(...) Eu sou um homem na cidade
que manhã cedo acorda e canta
e por amar a liberdade
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada
deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresça na vela da canoa.
Sou a gaivota
que derrota
todo o mau tempo no mar alto
eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madruga
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada
um malmequer azul na cor.
O malmequer da Liberdade
que bem me quer como ninguém
o malmequer desta cidade
que me quer bem que me quer bem! (...)
José Carlos Ary dos Santos, «Um Homem na Cidade»
Imagem, in http://portfolio-da-sara.blogspot.com
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