segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Conferência de Copenhaga


    «De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas (...).. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.» (1)


   Parece incrível, mas as palavras acima foram supostamente pronunciadas por alguém que  a cultura dominante criou como sendo um dos ícones do selvagem. Mais incrível ainda é esta afirmação de clarividência ter qualquer coisa como cento e cinquenta e cinco anos. A Terra como um santuário de vida, os elementos naturais como sentido de uma humanidade, onde o espírito de cada ser vivo se respira como o vento. Tanto tempo e aprendemos tão pouco.
  A partir de hoje decorre na capital da Dinamarca, Copenhaga, uma importante cimeira sobre o futuro do Planeta,  as alterações climáticas e o modo como isso afecta a vida humana e todo o conjunto de dinâmica social e económica em imensas zonas do globo. A emergência é real e os perigos sobre a vida no Planeta. A recente crise económica ligada ao preço do petróleo ou dos alimentos revela-nos como os dados registados em manuais por décadas estão em riso de estarem persistentemente desactualizados. 
  O problema não sendo novo, ele é consequência de uma cobiça quase natural que o homem industrializado tem revelado pela Natureza. O aumento da temperatura da Terra tem sido anualmente crescente e a manter-se pode transformar o cenário de uma planeta admirável num local onde continentes se transformam em desertos, ou ao desaparecimento de zonas costeiras até à alteração da organização económica com a alteração dos valores de humidade em culturas hoje importantes em vastas zonas do Globo.
   Exige-se que os que governam os seus Países tenham a inteligência de compreender que este não é um problema dos países mais desenvolvidos, nem que a resposta deva ser igual, pois existem países em escalas de desenvolvimento  muito diverso. Exigem-se contrapartidas, para os que decidirem proteger a floresta, mas sobretudo exige-se que as mentalidades mudem. Mudança na utilização da energia, dos meios de transporte e inteligência na adopção dos hábitos que levam a um mundo mais racional.
  Mudar neste sentido implica esforço, investimento em novas áreas do conhecimento e uma atitude individual que compreenda o objectivo em questão, de modo a cada País, cada comunidade se aproprie do planeta como uma realidade global. A mudança é também uma certificação para a actual geração, como elemento responsável do seu tempo.
   Durante estas duas semanas deixaremos aqui alguns posts sobre o estado do Planeta e as iniciativas que a nível global estão a ser tomadas paar defender este património único, a nossa Humanidade.
Aos que quiserem acompanhar a evolução deste importante encontro, a plataforma sapo tem um blogue que actualiza diariamente as novidades. Aqui.




(1) Chefe Seattle em 1854 em resposta à proposta de compra de terras pelo Governo Americano

Imagem, in http://www.nasa.com

Sem comentários:

Enviar um comentário