segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fernando Pessoa - A Biografia de um Génio



«Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo» (1)


  Fazer uma biografia de um poeta é uma inutilidade, no sentido que a sua vida são as suas palavras. Por elas compôs o mundo, em sentidos de esperança e transformação, no desejo de reajustar o real ao grande sonho do homem, a sua dignidade natural. Tratando-se de Pessoa a sua poesia diz-nos muito dessa integridade do ser, de uma consciência para compreender a multiplicidade do mundo.
  A sua poesia representa a multiplicidade do homem, a sua universalidade em se descobrir capaz de realizar sonhos, olhares, caminhos. As linhas abaixo apenas traçam alguns que foram os seus gestos quotidianos de uma vida complexa de definir.
  Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, a treze de Junho de 1888, sendo a sua mãe natural da Ilha Terceira, Açores e o seu pai era de Lisboa. Com a perda do pai em 1893, a família mudou-se para Durban, na África da Sul, na medida em que o seu padrasto era naquela cidade cônsul. Pessoa viveu em Durban de 1896 a 1905, tendo aí realizado os estudos, desde a escola primária à frequência no Ensino Superior.Em 1906 ainda se matricula no Curso Superior de Letras da Universidade de Lisboa que abandonou no ano seguinte.
  Os seus primeiros escritos datam de 1910 e a partir de 1913 participa com Almada Negreiros e Mário de Sá-Carneiro no movimento de ideias, o Modernismo. Com este movimento surgirá Orpheu, revista literária modernista, que difunde as novas ideias que já há algum tempo circulavam pela Europa.
 Em 1925, perde a sua mãe, desgosto que marcará a sua vida futura, e do qual nunca verdadeiramente recuperou. A partir de 1926 escreve  poemas que irão integrar um dos seus heterónimos, Bernardo Soraes, O Livro do Desassossego. Em 1934 publica a Mensagem.
  Morre a trinta de Novembro de 1935 devido a uma grave crise hepática, provocada pelo excesso do consumo de aguardente. Deixou-nos uma obra vastíssima, ainda por conhecer completamente e que a pós a sua morte foi sendo publicada e descoberta.


(1)  Alberto Caeiro, Guardador de Rebanhos
Imagem, in luso-poemas.net

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