A Obra ao Negro, Marguerite Yourcenar
Mudou a minha vida ou melhor vai mudando porque volto a lê-lo em cada década que passa, após os verdes vinte anos. É a entrada num túnel, naquele tal túnel sem saída que percorremos no tempo da nossa existência. É o pulsar de um coração em vertigem contínua, envolto em branco e negro, navegando entre a dicotomia - vida e morte.
É a contradição que caracteriza o alvorecer Renascentista. É uma pedra atirada ao charco do marasmo da existência, plena de dúvidas, de desvios, de luz e de trevas. É um cair e erguer à vez, é uma questão de honra e desonra, é um negro oferecido no luto de um discurso claro, histórico e objectivo. É a cicuta de Sócrates, bebida até á última gota, após a renúncia à fuga, é a vida de Yourcenar levada às últimas consequências, é a história de um homem de ontem que se repete incessantemente hoje e em última análise é a nossa impotência/passividade perante os acontecimentos que controlam a vida e aos quais atribuímos a culpa a outrem ou ao prodigioso destino.
É a contradição que caracteriza o alvorecer Renascentista. É uma pedra atirada ao charco do marasmo da existência, plena de dúvidas, de desvios, de luz e de trevas. É um cair e erguer à vez, é uma questão de honra e desonra, é um negro oferecido no luto de um discurso claro, histórico e objectivo. É a cicuta de Sócrates, bebida até á última gota, após a renúncia à fuga, é a vida de Yourcenar levada às últimas consequências, é a história de um homem de ontem que se repete incessantemente hoje e em última análise é a nossa impotência/passividade perante os acontecimentos que controlam a vida e aos quais atribuímos a culpa a outrem ou ao prodigioso destino.
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