Partiu há um ano, mas houve nele algo de intemporal. As múltiplas personagens, no desencontro de uma infância que parece lhe ter fugido na construção de um sucesso precoce. O exagero da imagem para o sucesso que o tornaria refém desse mito de eterna juventude que espera nunca crescer, numa eternidade construída sempre jovem.
Protagonizou imensa controvérsia, numa vida em que a Terra do Nunca e uma eterna rebeldia nos faz recordar esse livro extraordinário, de Barrie, Peter Pan. O eterno ícone, que parece não ter idade, onde aventuras múltiplas constroem um imaginário onde as regras se comprometem a uma vontade de mudança. E onde ainda se afirma a procura pela graça única das crianças, por esse mundo onde a imaginação parece permitir construir um mundo próprio.
Chamou-se Michael Jackson. Partiu para essa Terra, onde a memória e a imaginação não têm cores, há já um ano e pela diferença que protagonizou merece esta palavra de lembrança que aqui deixamos.
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