«Tu afinal és via e passagem, e só podes viver realmente daquilo que transformas. A árvore, a terra em ramos. A abelha, a flor em mel. E a tua lavoura, a terra negra em incêndio de trigo». (1)
É uma figura universal da nossa memória. Participou nesse momento único do século XX, em que a dignidade humana procurava recuperar dessa noite sem consciência, que foi a luta contra o nazismo. E foi um autor que nos deixou essa obra aparentemente simples, que é o Principezinho. Deu-nos um conjunto de ideias tão necessárias à nossa vivência quotidiana.
Ensinou-nos com a simplicidade das crianças que existe no quotidiano dos crescidos um mar de inutilidades, uma luta por uma conquista de objectos que nos afastam do coração, da essência dos sonhos. E é essa ausência que nos afasta dos outros, conduzindo a uma solidão, longe dessa representação da fantasia, que nas crianças está tão presente.
Chama-se Antoine de Saint-Exupéry e faz hoje justamente cento e dez anos que nasceu em Lyon para nos encantar com a sua fantasia tão necessária na espuma dos dias.
(1) - Antoine de Saint-Exupéry, Cidadela
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