«Era uma vez uma árvore... que amava um menino. E todos os dias o menino vinha, juntava as suas folhas e com elas fazia coroas, imaginando ser o rei da floresta. Subia o seu tronco, balançava-se nos seus ramos, comia as suas maçãs, brincavam às escondidas e quando ficava cansado, dormia à sua sombra. O menino amava aquela árvore... E a árvore era feliz.»
É um livro cuja data de publicação original é já de 1964. Shel Silverstein, um dos mais conhecidos escritor e ilustrador norte-americano, dá-nos um livro que em sucessivas gerações tem cativado pela simplicidade de uma história sobre uma árvore e um menino. A árvore assume a generosidade extrema de se esquecer de si própria, numa lição de grande ecologia sobre o significado da destruição das florestas.
É um livro que nos dá igualmente um conjunto de valores sobre as escolhas pessoais e como o tempo vai limitando as possibilidades de existência em cada quotidiano. É um livro que tendo ilustrações muito desprovidas de cor e de grande dinamismo, dá-nos as sucessivas dádivas da árvore que se vai despojando, generosamente dos seus bens.
É ainda um livro que nos faz questionar sobre a felicidade, a dimensão de sacrifício que pode ser ou não considerado de feliz, quando se perde o essencial. Em que medida a sua generosidade compromete a sua própria felicidade? Sendo um livro para crianças, é sem dúvida um livro marcante, pela sensibilidade que oferece aos seus leitores. Na audição feita na Biblioteca os alunos revelaram gostar desta fascinante história
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