«O Grande Livro do Egipto era realmente grande! Aliás, era enorme, pesado, de páginas velhas e amarelecidas com o tempo, mas ricas de cor e de particularidades sobre aquele país fértil de aventuras e mistérios que Ana adoraria conhecer.
Além disso tinha sido escrito de uma forma assombrosa, qualquer coisa entre o real e o fantasmagórico. Ana interrogava-se se as histórias e descrições que a princípio julgara pertencerem a um mundo puro de ficção, eram verdadeiras ou inventadas.
Mas talvez fosse precisamente aquela incerteza, aquele passear-se pelo limiar entre a verdade e a fábula que a mantinham imóvel, sentada na cama, de olhos esbugalhados e assentes nas letras gordas e assustadoras do livro, onde desenhos fantásticos apareciam aqui e além.
As histórias falavam de faraós, múmias, templos, pirâmides e outras construções estupendas, de ambiciosos exploradores em busca da descoberta do século, de salteadores desejando riquezas e de tantos grupos de defensores do património nacional e dos cultos e rituais antigos que insistiam em manter longe da cobiça estrangeira.»
(Livro recentemente adquirido para a Biblioteca da Escola sede do Agrupamento e por onde podemos conhecer em linguagem muito cativante os episódios da descoberta e do mistério entre locais tão fascinantes como o Cairo, a mesquita de Medina ou a cidade de Petra. Integrado no Plano Nacional de Leitura e da autoria de Mafalda Coutinho é um livro a descobrir.)
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