sábado, 13 de fevereiro de 2010

Agostinho da Silva - A simplicidade


«(...) tenho a coerência de ser incoerente e a originalidade de não me importar nada com isso

É apenas a maior figura do pensamento português do século XX. Tinha de si uma ideia de humildade tão cativante como os sábios do renascimento. Quando olhamos para a sua voz colhemos nela uma brisa de frescura que trouxe dos horizontes de Barca D'Alva onde passou a infância. O seu espírito condutor de uma imensa e nobre liberdade faz-nos parecer seres desprovidos de orientação. Fundou no Brasil universidades e institutos com a sabedoria de quem vê no conhecimento a geografia criativa do Ser.

Em Portugal foi expulso do ensino, preso pela P.I.D.E., viveu de lições particulares onde seduziu com o seu pensamento original os que puderam ouvi-lo. Em 1969 regressou a Portugal e continuou a ensinar, a escrever, e sobretudo a maravilhar com a simplicidade de quem tem uma opinião sobre todos os assuntos. 

Nasceu no Porto, a 13 de Fevereiro de 1906 e deixou uma obra se extensa e dispersa, sobretudo criativa do génio maior do homem, a sua liberdade para se exprimir criativamente. Defensor de uma ética na condução das acções humanas e de um sentido de felicidade inerente ao ser vivo é hoje ainda mais quando viveu portador de uma mensagem que importa destacar e promover.


(1) http://fumacas.wordpress.com
Imagem, in bibliotecaflul.wordpress.com

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