domingo, 31 de janeiro de 2010

Ghandi

«Gerações futuras mal poderão acreditar que um homem assim, em carne e osso, tenha alguma vez andado por este Planeta.» (1)

A trinta de Janeiro de 1948, despedia-se deste mundo físico um homem de uma imensa grandeza, que com simpilicidade, determinação e beleza soube congregar em si a dimensão única da conscieência da Humanidade. Fez da verdade e da justiça a sua causa de vida, enfrentou o Império britânico com a força do espírito, com a sua satyagraha, onde juntou a sua preocupação com os outros à ideia de não-violência.

Mostrou-nos como as causas são um património de todos, maiorias e minorias e que a injustiça, mesmo de um só homem, é ainda uma injustiça. Com a sua vida exemplificou a procura da identidade que há em cada ser humano e como a paz e a harmonia tem de ser uma acção não só de pessoas, mas também de nações.

A sua importância no século XX é imensa. Pois a sua acção e o seu exemplo deram a diferentes povos a convicção que podiam lutar pela sua individualidade, condição essencial para existir liberdade política e desenvolvimento social. Todos os que ambicionaram lutar contra todas as formas de tirania no século XX se inspiraram no seu exemplo. As marchas que conduziu, as greves de fome que realizou deram a homens e povos a noção de como com imaginação se lutava contra a opressão e se caminhava em direcção a uma Humanidade mais justa.

Chamou-se Gandhi, Mahatma Gandhi (a grande alma), perdeu a vida entre a intolerância que se gerou na independência entre a Índia e o Paquistão, mas permanece com a sua figura de aparência frágil, como a consciência da humanidade. Mesmo que nestes tempos pareça difícil lutar com as suas armas de resistência civil e delicadeza, permanece o seu superior exemplo por um mundo melhor, a consciência do que humanamente poderemos ser.


(1) Albert Einstein, citado de Ghandi, Richard Attenborough
Imagens, in renovomedia.com

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