domingo, 1 de novembro de 2009

Lembrar Jorge de Sena



 Eternidade

 «Vens a mim
pequeno como um deus,
frágil como a terra,
morto como o amor,
falso como a luz,
e eu recebo-te,
para a invenção da minha grandeza,
para rodeio da minha esperança
e pálpebra de astros nus». (1)


Nasceste agora mesmo. Vem comigo.


   Nasceu a 1 de Novembro de 1919, justamente há noventa anos. Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX. Inconformista com o estado anímico do País construiu a palavra em redor do amor e da liberdade de uma forma original e comprometida.
   Escreveu poesia, ficção, foi tradutor e investigador e viveu exilado do País, mas sempre com a inquietação de querer contribuir para mudar a floresta que ao longe se vê sempre melhor. Regressou postumamente este ano à pátria das suas palavras.
    O Centro Cultural de Belém promove hoje uma sessão de leitura de textos seus e a projecção do filme Sinais de Fogo, numa cerimónia chamada Senna, Alguns Sinais. Para os interessados aqui fica o programa.

Imagem, in http://www.ccb.pt
(1) Jorge de Sena, in Perseguição

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